Ser voluntário do Serviço Voluntário Europeu, no Centro – O testemunho de Ezgi Bas

Desde agosto de 2019, até ao passado mês de julho, o Centro acolheu uma voluntária do Serviço Voluntário Europeu (SVE), vinda da Turquia. Foi a primeira vez que a Ezgi Bas participou num projeto de voluntariado de longa-duração, num país estrangeiro, com uma língua e costumes diferentes, e tudo corria com normalidade, quando surgiu, inesperadamente, a pandemia de Covid-19. Depois de tomar a decisão de não antecipar o regresso ao seu país natal, este fator tornou a sua estadia, em Portugal e no Centro Comunitário, diferente das demais.

Sobre o ano que aqui passou, Ezgi confessa que “foi o melhor ano da minha vida”, apesar de todos os constrangimentos. “Trabalhei como voluntária e ganhei experiência que me vai ajudar na minha vida profissional, para além de ter feito muitos amigos e memórias.”

Quando se inscrevem no SVE, os voluntários têm a oportunidade de escolher o país e a instituição, entre as parceiras, onde querem trabalhar. Relativamente ao Centro, Ezgi faz questão de referir: “Sinto-me muito feliz por ter escolhido o Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos, para o meu projeto de voluntariado. As pessoas são maravilhosas; fizeram com que me sentisse em casa e deram-me muito apoio e motivação. Senti-me em família, aqui.”

Se, nos seus primeiros meses em Portugal, a experiência desenrolava-se sem percalços, em meados de março, tudo mudou, quando os casos de Covid-19 aumentaram drasticamente, por todo o mundo, e o Estado de Emergência obrigou-nos a permanecer dentro das nossas casas, protegidos do vírus. Mas o que acontece a quem está a milhares de quilómetros da sua?

“Decidi continuar o meu projeto, durante a pandemia. Fizemos a quarentena obrigatória e, por essa razão, não pudemos ir trabalhar para o Centro, durante alguns meses. No entanto, houve muito controlo, sensibilidade e apoio, perante esta situação, desde o início. Quando voltámos ao trabalho, senti-me muito segura e grata.”, conta Ezgi. “Esta experiência tornou-me mais paciente, mais empática e mais capaz de controlar as adversidades e as situações inesperadas”.

Por tudo isto, considera-se “muito sortuda”, por ter feito o seu primeiro projeto de longa-duração em Portugal, mais especificamente, em Carcavelos – este local que diz ser “idílico”.

Não termina, no entanto, sem agradecer à sua mentora, Natércia Martins, aos colegas Joana, Isabel, Ana e João e à restante equipa, pela hospitalidade, pela amizade e por tudo o que fizeram por ela, durante esta experiência diferente, num contexto singular: “Gostava de expressar o meu amor e gratidão pela equipa do Centro Comunitário da Paróquia de Carcavelos, que me inspirou, no melhor ano da minha vida. São todos muito preciosos, para mim, e nunca esquecerei cada um de vós.”